domingo, 6 de julho de 2008

REFLEXÕES SOBRE OS COSMOS VAZIÁTICOS

Por algum motivo que não sei, eu hoje estou me sentindo sozinha.
Não é uma solidão dessas que temos vontade de morrer...nada disso. È daquelas que você tem o mundo aos seus pés, pessoas preciosas que gostam de você, e você não sabe o que fazer com elas...mas sabe que não há ser humano que preencha o que está faltando...
Na verdade ninguém sabe o que falta, nossos vazios são tão íntimos que nem nos mesmos ousamos os adrentar. Só sentimos a dor, a falta, pode ser do que já passou, do quem nem aconteceu, do que nunca vai acontecer, dos sonhos que você teve, nos que você não teve, dos que teve e não realizou, dos que realizou e depois forjou que era seu grande sonho...enfim, falta pode ser por excesso ou por ausência.
Na verdade eu nem sei se eu estou falando de amor, acho que não...mas compreendo que a falta não é de amor...é falta de sentir mais, de amar mais....de me envolver sem distanciamento da vida, sem atuar como uma mera espectadora.
Por mais que eu negue, por mais que eu tente ignorar, as coisas me atingem e vão atingir sempre, eu sou um ser humano que sente, mas que não aceita isso...Sempre o maldito ego!È a nossa necessidade de estar sempre bem, de mostrar para os outros que está bem, e no fim acabar se convencendo disso...
Mas voltando a solidão do dia de hoje...acho que a tristeza vem é de saber que indiferente do que aconteça, tudo vai passar....e a questão é como lidar com isso.
Eu ainda não descobri...tenho dificuldades de aceitar que as pessoas vão passar pela minha vida e mais ainda de que elas vão permanecer...tenho fugido tanto das permanências, quando das efemeridades.
Acho que tenho fugido da vida...

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